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GRANDES PORTUGUESES I

"Ai..."
dirão vocês...esta agora vai arriscar a mandar "bitates" sobre politica....lamento apanhar-vos desprevenidos..tentei manter-me á margem das trafulhices leia-se politiquices que reinam no nosso Grande País....O Sr. Engº Sócrates tem-me andado a dar caspa e isto nem com Head n´Shoulders recomendado pelo Norberto. Vejo-me obrigada a insurgir-me contra o sistema...não o métrico...mas o que por sistema nos vai aos bolsos com a agilidade de um ladrão de Metro.
Isto Senhoras e Senhores é uma pouca vergonha, roubam-nos a torto e a direito e continuam sistemáticamente a mandar-nos areia para os olhos.....ele é programas em que se realizam sonhos ele é votações no maior Português de todos so tempos....isto para ocupar as nossas cabecinhas e desviar-nos a atenção do que de podre se passa no País....querem votar?? Votem Prof. Dr. António Oliveira de Salazar como forma de protesto, sempre é melhor uma ditadura assumida mas com valores do que uma ditadura dissimulada, impregnada de mentiras e gente sem carácter...Perdoem-me a franqueza mas eu não sou de meias doses, eu sou de Paixões e de amores incondicionais e não admito que me gozem , que façam de mim e dos meus PARVOS.
"Mas ela é tão boazinha e nunca vê o telejornal..!!" Pois é...mas agora chega, eu vou fingindo que não vejo porque não gosto das coisas que afectam o meu bom humor e o meu positivismo em relação á vida...não mais senhores...o pior cego é aquele que não quer ver!!!
Sejamos todos Grandes Portugueses e tenhamos a coragem de dizer BASTA a esta palhaçada de Governo.

JUNTO EM ANEXO o seguinte texto...pode ser que se crie uma consciência colectiva que nos torne realmente Grandes!!

Beijo da Gorda


CARTA ABERTA AO ENGENHEIRO
>JOSÉ SÓCRATES
>
>
>Esta é a terceira carta que lhe dirijo. As duas primeiras motivadas por um
>convite que formulou mas não honrou, ficaram descortesmente sem resposta. A

>forma escolhida para a presente é obviamente retórica e assenta NUM DIREITO

>QUE O SENHOR AINDA NÃO ELIMINOU: o de manifestar publicamente indignação
>perante a mentira e as opções injustas e erradas da governação.
>Por acção e omissão, o Senhor deu uma boa achega à ideia, que ultimamente
>ganhou forma na sociedade portuguesa, segundo a qual os funcionários
>públicos seriam os responsáveis primeiros pelo descalabro das contas do
>Estado e pelos malefícios da nossa economia. Sendo a administração pública
>a própria imagem do Estado junto do cidadão comum, é quase masoquista o seu

>comportamento.
>Desminta, se puder, o que passo a afirmar:
>1.º Do Statics in Focus n.º 41/2004, produzido pelo departamento oficial de

>estatísticas da União Europeia, retira-se que a despesa portuguesa com os
>salários e benefícios sociais dos funcionários públicos é inferior à mesma
>despesa média dos restantes países da Zona Euro.
>2.º Outra publicação da Comissão Europeia, L´Emploi en Europe 2003, permite

>comparar a percentagem dos empregados do Estado em relação à totalidade dos

>empregados de cada país da Europa dos 12. E o que vemos? Que em média nessa

>Europa 25,6 por cento dos empregados são empregados do Estado, enquanto em
>Portugal essa percentagem é de apenas 18 por cento. Ou seja, a mais baixa
>dos 12 países, com excepção da Espanha.
>As ricas Dinamarca e Suécia têm quase o dobro, respectivamente 32 e 32,6
>por cento. Se fosse directa a relação entre o peso da administração pública

>e o défice, como estaria o défice destes dois países?
>3º. Um dos slogans mais usados é do peso das despesas da saúde. A
>insuspeita OCDE diz que na Europa dos 15 o gasto médio por habitante é de
>1458. Em Portugal esse gasto é de... 758. Todos os restantes países, com
>excepção da Grécia, gastam mais que nós. A França 2730, a Áustria 2139, a
>Irlanda 1688, a Finlândia 1539, a Dinamarca 1799, etc.
>Com o anterior não pretendo dizer que a administração pública é um poço de
>virtudes. Não é. Presta serviços que não justificam o dinheiro que consome.

>Particularmente na saúde, na educação e na justiça. É um santuário de
>burocracia, de ineficiência e de ineficácia. Mas infelizmente os mesmos
>paradigmas são transferíveis para o sector privado. Donde a questão não
>reside no maniqueísmo em que o Senhor e o seu ministro das Finanças caíram,

>lançando um perigoso anátema sobre o funcionalismo público. A questão
>reside em corrigir o que está mal, seja público, seja privado. A questão
>reside em fazer escolhas acertadas. O Senhor optou pelas piores. De entre
>muitas razões que o espaço não permite, deixe-me que lhe aponte duas:
>1.º Sobre o sistema de reformas dos funcionários públicos têm-se dito
>barbaridades . Como é sabido, a taxa social sobre os salários cifra-se em
>34,75 por cento (11 por cento pagos pelo trabalhador, 23,75 por cento pagos

>pelo patrão ).
>
>OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS PAGAM OS SEUS 11 POR CENTO.
>
>
>Mas O SEU PATRÃO ESTADO NÃO ENTREGA MENSALMENTE À CAIXA GERAL DE
>APOSENTAÇÕES, COMO LHE COMPETIA E EXIGE AOS DEMAIS EMPREGADORES, os seus
>23,75 por cento. E é assim que as "transferências" orçamentais assumem
>perante a opinião pública não esclarecida o odioso de serem formas de sugar

>os dinheiros públicos.
>Por outro lado, todos os funcionários públicos que entraram ao serviço em
>Setembro de 1993 já verão a sua reforma ser calculada segundo os critérios
>aplicados aos restantes portugueses. Estamos a falar de quase metade dos
>activos. E o sistema estabilizará nessa base em pouco mais de uma década.
>Mas o seu pior erro, Senhor Engenheiro, foi ter escolhido para artífice das

>iniquidades que subjazem à sua política o ministro Campos e Cunha, que não
>teve pruridos políticos, morais ou éticos por acumular aos seus 7.000 Euros

>de salário, os 8.000 de uma reforma conseguida aos 49 anos de idade e com 6

>anos de serviço. E com a agravante de a obscena decisão legal que a suporta

>ter origem numa proposta de um colégio de que o próprio fazia parte.
>2.º Quando escolheu aumentar os impostos, viu o défice e ignorou a
>economia. Foi ao arrepio do que se passa na Europa. A Finlândia dos seus
>encantos baixou-os em 4 pontos percentuais, a Suécia em 3,3 e a Alemanha em

>3,2.
>3º Por outro lado, fala em austeridade de cátedra e é apologista juntamente

>com o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, da implosão de
>uma torre (Prédio Coutinho) onde vivem mais de 300 pessoas. Quanto vão
>custar essas indemnizações, mais a indemnização milionária que pede o
>arquitecto que a construiu, além do derrube em si?
>4º Por que não defende V. Exa a mesma implosão de uma outra torre, na
>Covilhã (ver "Correio da Manhã" de 17/10/2005), em tempos defendida pela
>Câmara, e que agora já não vai abaixo? Será porque o autor do projecto é o
>Arquitecto Fernando Pinto de Sousa, por acaso pai do Senhor Engenheiro,
>Primeiro Ministro deste país?
>* Por que não optou por cobrar os 3,2 mil milhões de Euros que as empresas
>privadas devem à Segurança Social?
>* Por que não pôs em prática um plano para fazer a execução das dívidas
>fiscais pendentes nos tribunais Tributários e que somam 20 mil milhões de
>Euros?
>* Por que não actuou do lado dos benefícios fiscais que em 2004
>significaram 1.000 milhões de Euros?
>* Por que não modificou o quadro legal que permite aos bancos, que
>duplicaram lucros em época recessiva, pagar apenas 13 por cento de
>impostos?
>* Por que não renovou a famigerada Reserva Fiscal de Investimento que
>permitiu à PT não pagar impostos pelos prejuízos que teve no Brasil, o que,

>por junto, representará cerca de 6.500 milhões de Euros de receita perdida
>?
>
>A Verdade e a Coragem foram atributos que Vossa Excelência invocou para se
>diferenciar dos seus opositores.
>QUANDO SUBIU OS IMPOSTOS, QUE PERANTE MILHÕES DE PORTUGUESES GARANTIU QUE
>NÃO SUBIRIA, FICÁMOS TODOS ESCLARECIDOS SOBRE A SUA VERDADE.
>QUANDO ELEGEU OS DESEMPREGADOS , OS REFORMADOS E OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
>COMO PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE COMBATE AO DÉFICE, PERCEBEMOS DE QUE TEOR É

>A SUA CORAGEM.
>
>
>Santana Castilho (Professor Ensino Superior)


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